parallax background

VIAGEM DE MOTO: Argentina, Chile, Peru e Bolívia – TRECHO 03 – Lima à Cusco

19 de junho de 2019
VIAGEM DE MOTO: Argentina, Chile, Peru e Bolívia – TRECHO 02 – San Pedro de Atacama à Lima
18 de junho de 2019
VIAGEM DE MOTO: Argentina, Chile, Peru e Bolívia – TRECHO 04 – Cusco à Uyuni
20 de junho de 2019


Após curtimos a cidade de Lima, a viagem continuaria com destino ao Vale Sagrado, chegando até Macchu-picchu, e posteriormente Cuzco.

O único meio de chegar até lá são através das montanhas peruanas, que possuem paisagens incríveis, mas também escondem perigos e rodovias praticamente intransitáveis.

Estes trechos devem ser evitados de serem feitos nos períodos das chuvas de verão, pois há deslizamentos de terra e pedras das encostas, e os rios enchem, cobrindo vários acessos.

Mapa do trecho: Lima à Cuzco, passando pelo Vale Sagrado


# DIA 12 – LIMA À HUANCAYO

O trajeto indicado pelo GPS e pelo Google Maps tem 1120km, e indica voltar até a cidade de Nazca e posteriormente subir até Abancay, continuando até o Vale Sagrado.

No entanto recebemos a dica do amigo Vantuir, de conhecer as regiões dos Canyons que fica entre as cidadelas de Alis e Tomas. Para nos convencer ele nos mostrou o vídeo que ele fez.

 

Pronto, já não havia mais outro caminho possível, pois não deixaríamos de conhecer esta paisagem incrível.

 

CANYON DE TOMAS

Para chegar até lá volta-se pela Ruta Panamericana até o entroncamento com a Ruta 24 e por ela se segue até o canyon.

A Ruta 24 é asfaltada até o Canyon, mas a estrada é bem estreita, passando apenas um veículo por vez em sua maior parte. E como a estrada é sinuosa, é preciso ficar atento e buzinar nas curvas fechadas para avisar que você esta ali. Isso inclusive é indicado nas placas de transito. Buzine!!

Apesar disso o trecho foi tranquilo e chegar àquele local valeu muito a pena. Realmente é um lugar incrível, diferente de tudo que já conhecemos.

Canyon de Tomas

Ruta passando pelo Canyon

RODANDO PELAS ESTRADAS DO PERU

Após os canyons, seguindo pela Ruta 24, o asfalto termina, e inicia uma estrada sem pavimentação, mas bem conservada, larga, e com paisagens incríveis. A altitude aumenta e o frio vem com ela. Acredito que a temperatura chegou a cerca de 5 graus celsius.

Estrada tem paisagens lindíssimas

Estrada passa por vilarejos e com muitos animais na pista

Nosso objetivo do dia era chegar até a cidade de Huancayo. Que não fica distante de Lima (cerca de 500 km), no entanto devido a estrada sinuosa, em alguns trechos sem pavimento, e as paradas para fotos, acabamos chegando ao anoitecer. No entanto o fator predominante para chegarmos tarde em Huancayo foram as obras na rodovia, que são constantes e, diferente do que ocorre no Brasil, eles simplesmente fecham a rodovia por horas, sem criar rotas alternativas. Então a solução é esperar. Neste dia foram duas paradas, que nos tomaram cerca de 2 horas.

Obras na rodovia

Huancayo é uma cidade grande, com boa estrutura. Neste dia ficamos no Hotel Gran Palma Huancayo, e jantamos lá mesmo. Hotel muito bom. Talvez o melhor da viagem.

 


# DIA 13 – HUANCAYO À HUANTA

No dia seguinte tínhamos 861 km até Ollantaytambo, e pretendíamos fazer em dois dia. Mas nossa programação tinha um dia extra para este trecho, pois não sabíamos que condição de Ruta encontraríamos. Foi o que nos salvou.

Logo saindo de Huancayo, até Izcuchaca o asfalto era bom, e apesar da rodovia bastante sinuosa, tínhamos a impressão que o dia renderia. No entanto encontramos outra barreira na estrada. Isso eram cerca de 10h da manhã. Paramos e fomos perguntar para o pessoal que organizava, como se fossem agentes de transito, qual seria a previsão de abertura. A resposta foi péssima. Só abriria as 15h da tarde. Isso mesmo, teríamos que esperar 5 horas.

Começamos a estudar no mapa por rotas alternativas, e conversando com os locais, nos disseram que havia um desvio por estrada de chão, mas que de moto devia levar cerca de 2 horas. Então resolvemos pegar este desvio.

QUE ERRO!!!!

Desvio

O que ninguém nos avisou é este desvio possuía diversas bifurcações, sem sinalização alguma, e que as estradas seriam de ruim a pior durante todo o trecho.

Para resumir… Nos perdemos, caímos de moto numa areião fofo que largaram na estrada. E demoramos cerca de 6 horas para chegar de volta a rodovia, cerca de 15 km depois do ponto de bloqueio.

Juramos que nunca mais seguiríamos dicas de gente desconhecida, sem antes estudar bem o trajeto. Pois se tivéssemos ficado parado aquelas 5 horas, teria sido muito melhor.

De volta a rodovia, achamos que nossos problemas teriam terminado. Mas aquele dia estava destinado a ser difícil.

Mais uma parada a frente. Desta vez estavam com maquinas pesadas, no topo das montanhas, rolando pedras para baixo, de forma a evitar que estas caíssem nos carros.

Ficamos parados mais cerca de 1 hora. E a noite foi chegando.

Após liberarem a estrada, seguimos e ao contrário do que esperávamos, a Ruta estava simplesmente destruída. Asfalto todo esburacado, preenchido de areia. Em uma estrada estreita, com penhascos na nossa lateral. Um pesadelo.

Rodovia estava destruída

Chegamos até a primeira cidade que tinha alguma estrutura para podermos achar um hotel. E essa cidade foi a de Huanta. Saímos as 8h da manhã, e rodamos o dia todo, chegando até Huanta a noite, cerca de 21h (no Peru escurece as 18), e rodamos apenas 250km neste dia. Por aí vocês podem imaginar o tipo de caminho que fizemos. Um inferno.

 


# DIA 14- HUANTA À ABANCAY

 No dia seguinte tudo se normalizou e a Ruta voltou a ser toda asfaltada até a cidade de Abancay.

O trecho continuava sendo muito sinuoso, subindo e descendo serras. Mas com bom asfalto, sinalizado e com pista larga, é uma delicia ir contornando as montanhas do Peru.

Cabe lembrar que é preciso ficar atento no Peru com os animais na pista, parados ou atravessando lentamente. Lhamas, Guanacos, bois, ovelhas, e tudo mais. É muito constante, e devemos ter parado ou reduzido para os animais mais de 100 vezes durante a viagem toda.

Animais atravessando é uma constante

Abancay é uma cidade feia e com transito caótico (novidade!). Nos hospedamos no Hotel Vista Alegre, que fica após a cidade, ao lado da rodovia, e com uma vista linda da cidade.

O hotel é bem simples, e não serve refeições.

 


# DIA 15 – ABANCAY À OLLANTAYTAMBO

Estrada rumo à Ollantaytambo

No dia seguinte, finalmente chegaríamos até Ollantaytambo, de onde teríamos que pegar o trem até Machu-picchu Pueblo. Também tínhamos programado para conhecer as ruínas de Moray e as Salinas de Maras, que ficavam quase no caminho…

 

MORAY E SALINAS DE MARAS

Mapa do trajeto passando por Moray e Salinas de Maras

O acesso é através de estrada de chão, mas sem grandes dificuldades. Só a poeira quando os ônibus e vans turísticas passam por você.

Estrada para Moray e Salinas de Maras

Ambas as atrações tem estacionamento para deixar o veículo e de onde pode-se comprar os ingressos.

Se você quiser saber mais sobre Moray e as Salinas de Maras clique no link abaixo:

Moray: o laboratório agrícola dos incas

 

Salinas de Maras

Salinas de Maras

 

OLLANTAYTAMBO

Depois seguimos até Ollantaytambo e fomos direto achar estacionamento para a moto, já que seguiríamos de trem e voltaríamos dois dias depois.

Chegada em Ollantaytambo

Nós optamos por ir para Macchu-picchu pela Inca- Rail, que possui estacionamento gratuito em frente ao local de embarque, e local para armazenar bagagens que não iríamos levar. O que nos ajudou muito, pois deixamos capacetes, jaquetas, botas e etc., e seguimos de trem somente com roupas leves.

Se você quiser saber todos os detalhes sobre o Trem da Inca Rail, com comprar as passagens e demais detalhes, clique no link abaixo: 

– O trem para Machu-Pichu Pueblo

 

Mas antes de partirmos, fomos visitar as ruínas de Ollantaytambo, que são incríveis. Gostaria de ter reservado mais tempo para elas.

Se você quiser saber mais sobre Ruínas Ollantaytambo clique no link abaixo: 

– Ollantaytambo: o portal para o antigo mundo inca

Ollantaytambo


# DIA 16 – ÁGUAS CALIENTES/MACHU-PICHU À CUSCO

Sobre nossa estadia e visita à Macchu-picchu, veja no link abaixo:

– Machu Pichu: tudo o que você precisa saber para visitar

 

Chegamos de volta a Ollantaytambo as 17:00hs da tarde. Pegamos nossas coisas, a moto, e seguimos até Cuzco, onde passaríamos os próximos 3 dias.

O caminho até Cuzco foi tranquilo, mas com bastante movimento, especialmente na chegada a cidade, já à noite.

Chegada no Hotel Cusco Jungle

Para encontrar o Hotel também não foi fácil pois o GPS nos mandava pela contramão, ou ruas sem fim. Mas enfim chegamos no Hotel Cuzco Jungle. Hotel muito bem localizado e confortável.

 


# DIA 17 E 18 – CUSCO

Veja todos os detalhes de Cuzco no link abaixo.

– Cusco: quantos dias ficar, onde se hospedar, quando ir e onde comer

– Cusco em dois dias

 


Veja o vídeo que produzimos desta Viagem de moto Brasil, Argentina, Chile, Peru e Bolívia.

 

 


Abaixo link de todos os trechos detalhados da viagem:

Trecho 01 – Chapecó a San Pedro de Atacama

Trecho 02 – San Pedro de Atacama, Arequipa, Paracas e Lima

Trecho 03 – Lima a Cusco

Trecho 04 – Cusco, Copacabana e Uyuni

Trecho 05 – Uyuni a Chapecó

 



IMPORTANTE: 

Nós nos esforçamos para manter o blog atualizado, mas alguns detalhes podem sofrer alterações a qualquer momento.  Sempre confirme datas, preços e informações.



 

 Salve este post no seu Pinterest para lembrar do nosso blog sempre que for planejar sua viagem.


 

Gostou do nosso conteúdo? Deixe um comentário aqui no site!

 

Thiago Damo
Thiago Damo
Arquiteto por profissão, viajeiro por paixão, motociclista por essência. A possibilidade de compartilhar momentos e caminhos me motivam a seguir na estrada.

2 Comments

  1. Renato Andrade disse:

    Cara, ótimo roteiro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Inscreva-se

Fique por dentro de todas as novidades do Viajeiros! Digite seu e-mail e receba nossos posts em primeira mão.

Name
Email *